Quando pensamos em retorno sobre investimento (ROI), é comum olhar para grandes operações e altos volumes financeiros. Mas no cooperativismo de crédito, um dos maiores ROIs possíveis está em um lugar muitas vezes subestimado: o pequeno e médio empresário.
Esse público não apenas movimenta a economia local, como também gera empregos, inovação e vínculos duradouros com a comunidade. São eles que mantêm viva a dinâmica empresarial nas cidades e regiões, sustentando cadeias produtivas e criando novas oportunidades.
O desafio da inclusão estratégica
Muitas cooperativas já firmaram parcerias com o Sebrae e outros atores para apoiar microempreendedores. Contudo, a grande questão é: e os pequenos e médios empresários?
Esses empreendedores já possuem contas PF e PJ, folha de pagamento, linhas de crédito e uma série de demandas complexas. Eles não precisam apenas de serviços financeiros; eles precisam de apoio estratégico, educação empresarial e comunidade para crescer.
De fornecedor a parceiro estratégico
Philip Kotler, considerado o pai do marketing moderno, afirma que empresas que desejam crescer precisam oferecer valor além do produto. Isso significa construir relacionamentos baseados em confiança, entrega de conhecimento e diferenciação.
Peter Senge, por sua vez, destaca em A Quinta Disciplina que organizações que aprendem juntas criam ambientes mais resilientes e capazes de prosperar no longo prazo. Quando uma cooperativa decide apoiar, capacitar e criar ecossistemas de desenvolvimento empresarial, ela não apenas gera negócios, mas também se torna indispensável para o futuro da sua comunidade.
Vínculo emocional e prosperidade compartilhada
Esse processo cria algo que vai além da racionalidade financeira: um vínculo emocional. O empresário deixa de enxergar a cooperativa como apenas “mais uma instituição financeira” e passa a vê-la como parceira estratégica para sua prosperidade.
O cenário econômico mundial, aliado à transformação digital, deixou claro que o jogo dos negócios mudou. Muitos ainda resistem em se reinventar, mas aqueles que contam com uma cooperativa parceira têm mais ferramentas, segurança e visão de futuro.
“A cooperativa que se coloca como parceira estratégica do empresário não apenas cresce em números, mas se torna essencial para a perenidade da comunidade que serve.”
*Kasuo Yassaka é Estrategista de Negócios e Cooperativismo
Coluna exclusiva publicada na edição 125 da Revista MundoCoop