Fraudes financeiras: como se proteger em um cenário cada vez mais digital? – Fabiana Nascimento é Gerente de Antifraude da COOPERFORTE

Escrito em 08/07/2025
MundoCoop

O avanço das tecnologias trouxe inúmeras facilidades ao dia a dia, especialmente no setor financeiro. No entanto, essa mesma evolução tem sido acompanhada por um crescimento expressivo nas tentativas de fraudes e golpes, que se tornaram mais sofisticados e difíceis de identificar.

Neste contexto, é fundamental reforçarmos que a segurança das transações financeiras não depende apenas das instituições, mas também da atenção e dos cuidados adotados pelos usuários.

A transformação do cenário de fraudes

Se antes os crimes patrimoniais ocorriam majoritariamente de forma física, com furtos e assaltos, hoje assistimos a uma migração clara para o ambiente digital. Golpistas atuam de forma remota, com acesso a uma grande quantidade de dados — muitas vezes obtidos por meio de vazamentos ou práticas de engenharia social.

Diante dessa realidade, a comunicação rápida entre o usuário e a instituição financeira torna-se um fator decisivo para minimizar perdas. Ao menor sinal de tentativa de golpe, é imprescindível acionar os canais oficiais da sua cooperativa ou banco.

Fraudes que estão em alta

Entre os golpes mais recorrentes nos dias atuais, destacam-se:

  • Falsa central de atendimento: o fraudador se passa por funcionário da instituição e induz a vítima a compartilhar dados sensíveis;
  • Engenharia social: manipulação emocional para obter informações ou induzir transferências;
  • Phishing: envio de e-mails ou mensagens com links fraudulentos, que direcionam para páginas falsas, para coleta de dados;
  • Clonagem de aplicativos de mensagens: criminosos solicitam valores se passando por pessoas conhecidas da vítima;
  • Captura de imagens e vídeos para uso indevido: com o objetivo de fraudar sistemas de biometria facial.

Mesmo com o uso de tecnologias de ponta, como autenticação biométrica e inteligência artificial, os golpes continuam explorando vulnerabilidades humanas, como o impulso, a pressa ou a falta de atenção.

Prevenção é a melhor saída

Compartilho a seguir algumas recomendações importantes para a sua proteção:

  • Valide se o e-mail e telefone cadastrados na instituição são realmente seus e monitore seu e-mail cadastrado na cooperativa. Se receber aviso de redefinição de senha, token ou alteração de dados sem ter solicitado, entre em contato imediatamente com a instituição;
  • Nunca instale aplicativos por indicação de terceiros, nem compartilhe a tela do seu celular. Isso pode dar acesso total ao que você vê e digita;
  • Use canais oficiais de atendimento. Evite clicar em links recebidos por SMS ou redes sociais, mesmo que pareçam confiáveis;
  • Evite exposição desnecessária da sua imagem facial. Não envie vídeos ou selfies a pedido de estranhos ou atendentes suspeitos. Eles podem estar tentando burlar a biometria;
  • Se for vítima de um golpe por Pix, entre em contato imediatamente. O Banco Central criou o MED – Mecanismo Especial de Devolução, que permite às instituições tentar recuperar os valores transferidos indevidamente. Mas o sucesso depende do tempo. Quanto mais rápido você avisar, mais chances temos de recuperar.

Além disso, é essencial lembrar que nenhuma instituição confiável solicita decisões imediatas ou pressiona o cliente por meio de abordagens alarmistas. Ao receber esse tipo de contato, a orientação é simples: interrompa a interação e procure diretamente o canal oficial.

Na COOPERFORTE, sua segurança é prioridade

A COOPERFORTE investe de forma contínua em soluções tecnológicas para garantir a segurança de seus cooperados. Mas é importante reforçar que a prevenção de fraudes é uma responsabilidade coletiva e compartilhada.

Manter-se informado, atento e agir com rapidez ao menor sinal de irregularidade são atitudes que fazem toda a diferença. Em caso de dúvida, entre sempre em contato pelos canais oficiais.


*Por Fabiana Nascimento, Gerente de Antifraude da COOPERFORTE

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