O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de novembro e instituído pela ONU em 2014, chega a 2025 em um cenário de ascensão contínua da liderança feminina nos negócios. No Brasil, segundo levantamento do Sebrae e do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), as mulheres comandam mais de 10,3 milhões de empreendimentos, consolidando seu protagonismo como uma das principais forças econômicas do país.
Nos últimos anos, o movimento passou de tendência a algo mais estruturado, capaz de gerar inovação, novos formatos de gestão e fortalecimento de comunidades. O mais recente relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostra que o Brasil está entre as economias com maior potencial de expansão para negócios liderados por mulheres, especialmente em áreas de serviços, educação, varejo, economia digital e soluções criativas.
Para Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas presente em 20 estados, a expansão contínua do empreendedorismo feminino está mudando a forma como as empresas são conduzidas.
O crescimento, segundo ela, não é apenas quantitativo, mas qualitativo. “As mulheres trazem uma gestão com mais empatia, clareza de propósito e foco em pessoas. Isso cria ambientes mais colaborativos, aumenta o engajamento e gera resultados consistentes. Estamos vendo um movimento poderoso que está redesenhando a lógica dos negócios no país”, afirma.
Um mercado que cresce e se transforma com elas
O avanço da presença feminina no empreendedorismo tem impulsionado novas práticas no mercado brasileiro:
- Liderança mais humana e orientada a propósito
Modelos de gestão conduzidos por mulheres têm se destacado por equilibrar estratégia, cultura e desenvolvimento de pessoas. - Negócios mais inovadores e digitais
Plataformas online permitiram que mulheres transformassem habilidades profissionais e criativas em empresas de alto potencial de escala. - Fortalecimento de comunidades e redes de colaboração
A presença feminina tem estimulado ecossistemas de apoio, parcerias e mentorias, ampliando conhecimento e oportunidades.
Segundo dados do Data Sebrae 2024, empreendedoras que participam de redes de apoio têm até 2,5 vezes mais chances de expandir seus negócios, reforçando a importância da colaboração como motor de crescimento.
Educação, gestão e profissionalização elevam resultados
Para Carla Martins, a evolução do empreendedorismo feminino no Brasil está diretamente ligada ao aumento da profissionalização. “A cada ano vemos mais mulheres buscando capacitação em gestão, processos, finanças e posicionamento digital. A profissionalização acelera resultados e torna os negócios mais competitivos. É isso que está impulsionando essa nova geração de empreendedoras”, explica.
O Data Sebrae mostra que, nos últimos dois anos, houve um salto expressivo no número de empresárias que passaram a controlar o fluxo de caixa, implementar processos e estruturar planejamento anual de práticas que aumentam a longevidade dos negócios.
Futuro é colaborativo e liderado por mulheres
Especialistas apontam três pilares que continuarão impulsionando o empreendedorismo feminino nos próximos anos:
- Redes de apoio e comunidades fortes
Mulheres aprendem, crescem e prosperam mais rapidamente quando compartilham experiências e avançam juntas. - Formação contínua e capacitação estratégica
A busca por conhecimento vem fortalecendo modelos de gestão modernos, sustentáveis e altamente competitivos. - Liderança com impacto humano
Times liderados por mulheres apresentam maior engajamento, retenção e cultura de pertencimento, fatores que influenciam diretamente nos resultados.
Para Carla Martins, o movimento é irreversível. “O empreendedorismo feminino é uma das forças mais transformadoras do mercado brasileiro. Cada mulher que decide empreender movimenta a economia, gera oportunidades e inspira outras a fazerem o mesmo. Hoje, mais do que nunca, o Brasil cresce com elas”, conclui.
Fonte: Comnicação Lara com adaptações da MundoCoop